segunda-feira, 15 de março de 2010

Acabo-te (Postada em 15/03/2007 às 04h39.)


Acende teu último cigarro, e provavelmente seja o último
Pega o cabo da negra arma reluzente sobre a mesa
Aperta o gatilho devagar com um resquício de esperança
O tiro de um tambor com inúmeras balas carregas dispara.
O projétil mortal rompe a parte lateral do teu crânio
Se instala na parte mais profunda do teu cérebro modificando-o.

Ao ouvir o som do teu próprio grito de dor, encarar a tua face
Ri e gargalha de tua imortalidade perante sua própria vontade
Segue apertando o gatilho da frágil arma, já sem poderes.
E abre a boca e mostra os dentes a cada projétil instalado.
Pois se a morte não lhe espera, tens tuas idéias transtornadas.

Mas os buracos de balas se fecham sem deixar cicatrizes aparentes
Apenas o material dito mortal reside pacificamente dentro de ti.
E sim, és mortal e imortal meu caro, mas mais que isto
És tu modificável e maleável para ti mesmo.
És tu criança, adulto e é lembrado por isso.
És tu lembrado, xingado querido.
Foi tu ignorante para tornar-se compreensível.

Tu... personagem de saga própria...
Te encerro.


Comentários [4]

Uryyyyy disse:
Nossa...
Que lindoooo, um dos melhores até agora!!!
Muuuitooo bom...
Amanhã às 9 e meia hein?!
Bj
15/03/2007 · 23:52

Isa disse:
Não precisa comenta bló >p
16/03/2007 · 02:52

Gui disse:
Dizem que a melhor parte de escrever um livro é a hora do ponto final....



eu condordo.
16/03/2007 · 03:20

Marcos disse:
Bons textos os seus Lucas!! Já pensou em fazer letras??
19/03/2007 · 00:13

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