terça-feira, 16 de março de 2010

Perder (Postada em 24/08/2007 às 00h59.)


Eu perdia cada vez mais as minhas idéias quando tudo acontecia
Eu não queria saber de pudor, de família, de nada.
Eu não sabia onde encontrar o que pudesse me ajudar
Eu queria pegar nas mãos a tristeza só para podê-la quebra-la em várias
Eu queria não ser mais eu. E quem poderia querer mais outro?
Eu queria me desvencilhar daquelas cordas que me prendiam até o teto
Eu queria mais um colo, mas poder chorar com sinceridade
Eu sabia o que queria, eu sabia o que não tinha

De tudo que escorreu pelo meu rosto
E em pingos foi levado até o chão

Naquele dia chorei amor, ódio, sensibilidade, sabedoria,
lembranças de outra vida, desilusões, banalidades, rancor,
mágoas, amigos, família, criatividade e rotina

Naquele dia chorei a dor.
Naquele dia chorei eu mesmo
e me tornei o que sou:
aquele que desesperadamente
raspava as unhas no azulejo molhado e
tentava, de modo quase ridículo, recolocar ás “lágrimas” no lugar.

E se era ou não ridículo, não interessa
E se era ou não verdade, também não interessa
Só sei que: naquele dia, descobri-me um perdedor.

Comentários [1]

Br disse:
Só quero dizer uma coisa: tô aqui... beijo.
24/08/2007 · 03:11

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