Desperto no meio da noite com uma vontade insana de algo que nem eu mesmo nem ninguém saberíamos dizer ao certo o que é. Ouço os sons costumeiros do computador e da TV ligada em volume baixo. Sons normalmente imperceptíveis, mas que se tornam ensurdecedoras o suficiente para não fazer-me pensar, quando tudo que quero é não ter o silêncio. Tomo um bom gole de água e viro-me pra o lado, emaranhado em meus cobertores desejando dormir. Mas eu me conheço. Sei que não conseguiria dormir na posição na qual me coloquei. Abro os olhos, pensando em, novamente, passar outra noite a toa em frente a alguma tela procurando algum tipo de diversão. Contudo, antes disso, me dirijo ao banheiro.
Enquanto ouço o som da água do vaso indo embora me sinto enjoado. Nauseado ao ponto de vomitar. Lavo as mãos e o rosto e a vontade não passa. E eu fico cada vez mais enjoado. Não tenho vontade de colocar minha ultima refeição para fora... É muito mais do que isso. Quero largar minhas entranhas, víceras, pulmões coração e vida na privada abaixo. Reviro-me alguns instantes e penso que não posso fazê-los. Pois se vomito eu tremo. Se tremer eu choro. Se chorar fico com dor de cabeça e, quem sabe, febre. E se tenho febre... eu sangro. E sangrando eu desmaio... e então... então...
Reviro-me na cama, corro até ao banheiro, fico de joelhos a beira do vaso sanitário, olho para cima, respira e penso. Sim, pois estas horas não a nada pior do que pensar. Mas se todas as vezes tivera eu parado para pensar... não teria feito tantas vezes o mesmo processo e não o conheceria tão bem. Sem nenhuma resposta do meu organismo volto para cama, descanso minha cabeça e olho para meu estrelado teto. Chego à conclusão de que estou com frio. Ah! Se todas as vezes que tivesse quase morrido meu problema fosse frio estaria muito feliz. Mas hoje é diferente.
Tenho frio por outro motivo: medo. E o medo me enfraquece, o medo me corroe, adentra em cada gota do me sangue e o faz fluir mais rápido, fazendo minha febre subir e minha pressão aumentar, pulando assim, grande parte do processo. O medo me transforma em alguma coisa estranha. Alguma coisa inumana que corre, foge e se esconde. Não se sabe ao certo como ou onde isto acontece. Mas o medo me tornava fraco... Suficientemente fraco para machucar os outros. E extremamente burro.
Hoje eu vejo o medo, eu o encaro e eu o descubro.
Hoje o medo me faz bem.
Hoje, e especialmente hoje...
Estou com medo de voltar a ser ninguém...
Comentários [4]
Br disse:
Eu tava preucupada, mas como tu disse que tá tudo bem, fico mais tranqüila. Hehehe! =******
11/05/2007 · 13:32
Uryyyyy disse:
Baby, tu jamais será ninguém!!
E tenho uma coisa pra te dizer...eu aplico isso e dá certo (quer dizer, nem sempre)...
"Os nossos maiores desejos superam os nossos maiores medos"
Lembra disso e VIVA...
Não tenha medo de ser feliz...NUNCA
Beijos
12/05/2007 · 19:15
Uryyyyy disse:
Eu disse bicha????
Eu quis dizer trichaaaaaa
heheheheheheh
12/05/2007 · 19:15
ale disse:
Se não há medo, não há coragem.
Não surta meu bem
bjooos
12/05/2007 · 21:42
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